Tirar uma selfie ou olhar-se no espelho e ficar irritado com o protagonismo dos poros dilatados do rosto. Quem nunca? Embora possa pensar o contrário do seguinte recado, todas as pessoas têm os chamados buraquinhos faciais. Entretanto, alguns são mais abertos, outros normais e há quem edite a fotografia para ficar com a pele de porcelana. Partindo desse princípio, fica a dica sobre não surtar com os orifícios por onde saem os pelos e, também, a secreção das glândulas sudoríparas e sebáceas.
Para ensinar como cuidar dos buraquinhos sem prejudicá-los, a coluna Claudia Meireles conversou com a dermatologista Caroline Aguiar. A especialista atende na Clínica Amilton Macedo, em São Paulo. Antes de compartilhar as dicas para amenizar a condição, a médica frisa: “É normal ter poros e todo mundo tem”. De acordo com a especialista, alguns indivíduos possuem essas aberturas faciais mais evidentes devido à predisposição genética e maior oleosidade da pele.
Prevenção
Poluição, envelhecimento cutâneo e fatores capazes de piorar a oleosidade da pele contribuem com a questão que incomoda algumas pessoas. Por exemplo, alterações hormonais e o uso de cosméticos e medicamentos inadequados. Não sofrer interferência dos agentes externos parece uma missão quase impossível. Mas, quem dispõe de pele mista ou oleosa precisa ter o cuidado redobrado a fim de evitar que os buraquinhos fiquem dilatados. Uma maneira de preveni-los é com a rotina de skincare correta.
Passos essenciais
Caroline instrui fazer diariamente três passos essenciais à saúde da cútis: “Limpar, hidratar e proteger”. Segundo a médica, a rotina de skincare, quando realizada de modo adequado e com as fórmulas prescritas por um dermatologista, consegue reverter a condição dos poros dilatados. “O mais importante é controlar a oleosidade e melhorar a textura da pele”, explica. No ritual de cuidados, devem constar sabonetes ou géis de limpeza com ativos específicos, tônicos faciais, protetor solar oil free e não comedogênico, esfoliantes e ácidos.
A médica adverte sobre adquirir produtos ou recorrer a métodos sem a indicação de um dermatologista. “O ideal é sempre fazer o acompanhamento com um especialista. O uso de medicações e a realização de procedimentos indevidos pode gerar dermatites, alergias e queimaduras na pele”, reforça Caroline Aguiar. Em relação à limpeza facial, a expert ressalta que é preciso adquirir fórmulas específicas ao tipo de pele.
Pele oleosa
Caso tenha derme oleosa, jamais opte por produtos desenvolvidos para cútis mista ou seca. “Em casos de peles com bastante oleosidade e muitos poros, oriento a utilização de tônico ou água micelar específicos, após a lavagem, para obter uma limpeza mais profunda”, aconselha a médica. Já sobre a esfoliação, Caroline pede cautela. O método tende a amenizar a abertura dos orifícios faciais, porém quando feito de modo incorreto, provoca o efeito rebote.
“Se a pele é muito oleosa, eu recomendo esfoliar três vezes na semana. Se for mista, diminui para duas vezes. Oriento fazer movimentos circulares e delicados em toda a pele do rosto, massageando de três a cinco minutos. Em seguida, enxágue”, ensina a médica. De acordo com Caroline, esfoliantes com ativos, como o ácido salicílico, enxofre, niacinamida, extratos botânicos e ácido glicólico, ajudam a controlar a oleosidade e reduzir a dilatação dos poros.